Cimeira do G7 – Presidente do Brasil acusou Zelensky de atrapalhar encontro, mas chefe da Ucrânia tem opinião diferente

© Ricardo Stuckert/Lula/facebook
O presidente brasileiro Lula da Silva disse que não se encontrou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na cúpula no Japão, porque o presidente ucraniano supostamente não compareceu à reunião bilateral. A informação é da Globo.
“A questão é muito simples, aqui, nesta sala, deveria haver uma reunião bilateral com a Ucrânia. Esperamos e recebemos informações de que eles estavam atrasados. Nesse ínterim, encontrei-me com o presidente do Vietnã. Quando o presidente do Saiu o Vietnã, não apareceu a Ucrânia. Claro, eles tiveram outra reunião. Foi o que aconteceu”, disse Lula.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que no Japão, na cúpula do G7, não se encontrou com o líder brasileiro Lula da Silva devido à agenda lotada. Zelensky disse isso durante uma coletiva de imprensa em Hiroshima.
“Já me reuni com quase todos os líderes, mas cada um tem seus próprios horários, então não pudemos nos encontrar com o presidente do Brasil”, disse o chefe de Estado ucraniano.
Quando questionado por um jornalista se Zelensky estava desapontado por não ter se encontrado com seu colega brasileiro, ele respondeu sorrindo: “Acho que isso o decepciona”. Lula também minimizou a falta de um encontro individual com Zelensky, já que Lula disse que os dois presidentes ouviram o discurso um do outro.
O presidente brasileiro foi questionado sobre a declaração de Zelensky sobre se ele estava desapontado com a não realização do encontro bilateral.
“Não fiquei desapontado, fiquei chateado, porque gostaria de conhecê-lo. Só isso. Zelensky é um adulto, sabe o que faz”, respondeu Lula.
Lembre-se que Lula da Silva, durante uma conversa com jornalistas em 6 de abril de 2023, sugeriu que a Ucrânia desse a Crimeia à Rússia. Ele acredita que isso garantirá o início da paz. Mais tarde, o presidente do Brasil mudou abruptamente sua retórica. Analistas atribuem a mudança na retórica de Lula ao desejo de aprofundar os laços econômicos entre o Brasil e os países da União Européia e atrair investimentos europeus para seu país. Suas primeiras declarações sobre a guerra na Ucrânia contradiziam a posição consolidada da UE e eram um mau pano de fundo para as negociações sobre questões econômicas.
Preparado por Oleksandra Britousov
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