Hachette e três outras editoras – HarperCollins, Wiley & Sons e Penguin Random House – processaram o Internet Archive em 2020 depois de abrir um programa denominado Biblioteca Nacional de Emergência. A Biblioteca Nacional de Emergência expandiu o antigo programa Biblioteca Aberta do Arquivo, que permite às pessoas “verificar” digitalmente cópias digitalizadas de livros físicos. Os editores apelidaram ambos os sistemas de “pirataria digital intencional em escala industrial” e, numa decisão de Março, um juiz de Nova Iorque concordou substancialmente.
A decisão de março concluiu que a digitalização e o empréstimo de livros pelo Internet Archive não se enquadravam nas proteções da lei de uso justo, e um acordo de agosto exigia a remoção do acesso público a livros disponíveis comercialmente que permaneciam protegidos por direitos autorais. Além de afetar o Arquivo, a decisão lançou dúvidas sobre uma teoria jurídica chamada “empréstimo digital controlado”, que permitiria que outras bibliotecas oferecessem acesso a versões digitalizadas de livros que possuem fisicamente – em vez de depender de sistemas de empréstimo frequentemente caros e limitados, como o OverDrive. .
O diretor de serviços de biblioteca do Internet Archive, Chris Freeland, reconheceu que o recurso pode ser uma batalha legal difícil. “Como afirmamos quando a decisão foi proferida em Março, acreditamos que o tribunal de primeira instância cometeu erros nos factos e na lei, por isso continuamos a lutar face a grandes desafios”, disse Freeland no anúncio do Arquivo. “Sabemos que não será fácil, mas é uma luta necessária se quisermos que as coleções das bibliotecas sobrevivam na era digital.” Freeland diz que o Arquivo compartilhará mais detalhes sobre o caso à medida que avança.
Documentos judiciais indicam que o Internet Archive ainda está preparando sua resposta ao processo movido pela UMG e outras gravadoras; uma conferência pré-julgamento nesse caso está agendada para outubro.