Quando as pessoas começaram a andar

Cientistas descobriram os ossos de antigos nômades que viveram no sudeste da Europa há milhares de anos. Eles retiveram o que os pesquisadores acreditam ser a primeira evidência de passeios a cavalo, relata o Science Alert.

Uma análise dos ossos da cultura Yamnaya, que viveu na estepe da Eurásia entre 3021 e 2501 aC, mostrou que eles mantinham cavalos para mais do que apenas leite. Os povos antigos montavam esses animais em movimento, bem como ao conduzir ovelhas e gado.

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Entender quando as pessoas começaram a andar a cavalo é importante para entender nossa evolução. Essa habilidade mudou a velocidade e a distância em que as pessoas se movem ao redor do mundo.

“Parece que a cavalgada surgiu logo após a alegada domesticação de cavalos nas estepes da Eurásia ocidental no quarto milênio aC. Já era bastante comum entre a cultura Yamnaya entre 3.000 e 2.500 aC”, disse o arqueólogo Volker Heid, da Universidade de Helsinque, na Finlândia.

Encontrar provas de pilotagem é muito mais difícil do que parece. Algumas culturas, como os antigos romanos e gregos, deixaram desenhos que retratam cavaleiros a cavalo. Mas a arte de culturas mais antigas pode não ter sobrevivido até hoje, e simplesmente encontrar ossos de cavalo em assentamentos antigos não é suficiente para tirar conclusões.

Por exemplo, em estudos anteriores, os cientistas encontraram vestígios de leite de égua em cacos de cerâmica e peptídeos de leite na placa dentária dos dentes do povo Yamnaya. Isso pode indicar que eles mantinham cavalos como fonte de alimento.

Mas a mera ausência de equipamento de equitação não pode indicar que as pessoas não andavam a cavalo. A cultura Pit recebeu o nome de uma coisa pela qual é muito conhecida: os poços, conhecidos como túmulos, nos quais seus mortos foram enterrados. Muitos esqueletos foram encontrados nessas fossas, que estão bem preservadas.

Graças à análise desses restos mortais, os cientistas determinaram que representantes da cultura Yamnaya andavam a cavalo. Os pesquisadores desenvolveram seis conjuntos de critérios que, em conjunto, podem ser considerados evidências de equitação. Estes incluem, em particular, o desgaste característico de ossos e articulações, bem como lesões causadas por queda de altura, mordida de cavalo ou coice.

Os cientistas estudaram 217 esqueletos encontrados em 39 regiões, 150 deles atribuídos à cultura Yamnaya. E 24 desses esqueletos retinham vestígios que indicavam que o homem estava a cavalo. Ao mesmo tempo, as pessoas que viveram antes e depois da cultura Yamnaya também eram prováveis ​​cavaleiros.

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