Um milhão de munições para a Ucrânia – o Presidente da Letónia sugeriu procurar munições fora da Europa


18 de novembro de 2023, 06h24

Se a UE não pode fornecer munições à Ucrânia, vamos comprá-las noutro lugar - Presidente da Letónia.

© EPA-EFE/OLIVIER MATTHYS

Dado que a UE não consegue fornecer munições à Ucrânia de acordo com o calendário prometido no início do ano, é altura de procurar fora da Europa munições para entregar aos militares ucranianos, disse o presidente letão, Edgars Rinkēvičs, numa entrevista ao Politico.

Os líderes da UE prometeram entregar 1 milhão de munições até março de 2024. Este objetivo parecia difícil de alcançar para a União Europeia, que foi criada como uma associação pacífica, apontam os jornalistas. Segundo informações, desde o início deste ano, no âmbito do programa de transferência de munições das reservas nacionais para a Ucrânia, foram enviadas cerca de 300 mil munições.

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“Temos que assumir que 1 milhão não será alcançado”, disse o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, no início de uma cimeira de ministros da Defesa da UE na terça-feira.

Para piorar a situação, a Coreia do Norte exportou 1 milhão de obuses para a Rússia, segundo relatos da imprensa.

A UE fornecerá à Ucrânia um milhão de projéteis de artilharia, mas não antes do prazo de março, disse o diretor-geral da Agência Europeia de Defesa, Jiri Šedivý, num comentário à publicação esta semana.

“Há muito que defendemos que, se não houver munições ou equipamentos suficientes na UE, teremos de os comprar algures e transferi-los para a Ucrânia. O que é importante agora é que a Ucrânia continue a lutar e que a Ucrânia consiga o que precisa”, disse Rinkevics.

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A publicação observa que a questão de saber se todas as munições deveriam ser produzidas por empresas na UE tem sido controversa desde o início da iniciativa. A França, que possui o maior sector de defesa do bloco, tem pressionado por restrições rigorosas à utilização de munições não pertencentes à UE, enquanto outros países, nomeadamente a Suécia e os Estados Bálticos, têm estado mais abertos à compra de munições fora da Europa.

“Dado que todos compreendemos que a guerra na Ucrânia durará mais tempo do que poderia ter sido previsto há um ano e meio, e que também precisamos de aumentar as nossas capacidades, devemos levar a sério a forma como a indústria de defesa europeia funciona e como nós também decidir este problema”, resumiu o Presidente da Letónia.

Recordemos que o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitry Kuleba, disse que a Ucrânia aprecia o apoio da União Europeia, mas “irá pressioná-la” na questão do fornecimento de bombas.

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