O HAMAS iniciou conversações ontem à noite sobre uma possível trégua em Gaza que levaria ao retorno de até 33 reféns israelenses.
Uma delegação do grupo terrorista disse ter viajado com “espírito positivo” para a capital egípcia, Cairo.
O alto funcionário Taher Al-Nono disse que o Hamas estava abordando as propostas dos mediadores egípcios e do Catar “com toda a seriedade”.
Mas ele disse que um acordo deve envolver a saída de Israel de Gaza e a suspensão do conflito.
Uma autoridade israelense disse que “sob nenhuma circunstância” concordariam em encerrar a guerra por um acordo de reféns.
Um regresso de 33 pessoas, em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinianos, deixaria cerca de 100 em Gaza.
A guerra começou depois que o Hamas surpreendeu Israel com um ataque transfronteiriço em 7 de outubro, no qual 1.200 pessoas foram mortas e 252 reféns feitos, segundo registros israelenses.
Mais de 34.600 palestinos foram mortos – 32 deles nas últimas 24 horas – e mais de 77 mil ficaram feridos no ataque de Israel, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
O bombardeio devastou grande parte do enclave.
Antes do início das negociações, havia algum otimismo.
“As coisas parecem melhores desta vez, mas a existência de um acordo dependerá de Israel ter oferecido o que é necessário para que isso aconteça”, disse à Reuters uma autoridade palestina com conhecimento dos esforços de mediação, que pediu para não ser identificada.
Washington – que, tal como outras potências ocidentais e Israel, classifica o Hamas como um grupo terrorista – instou-o a celebrar um acordo.
Contudo, o progresso tropeçou devido à exigência de longa data do Hamas de um compromisso para pôr fim à ofensiva.
Israel insiste que após qualquer trégua retomaria as operações destinadas a desarmar e desmantelar a facção.
Fonte TheSun